https://schema.org/ NewsArticle Fanstasma do (POP)ROCK Goianiense Fanstasma do (POP)ROCK Goianiense https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjaKxxCWvsg-52Xb8Zty9upuWqWrqimwuVBfk7-ZIMAToCs7SVhZFVSiSKHmL3uYvHzLcVI9i7A70f9TWT4vV54zGbChJIb9zQfcRxPBCSaRtzLR1LNOck6eWT-LZ1AvAQjSFnkfe54Qy--FzX16jGlNjjm6JpOB5zAuUPHrYVzEaoELw9FwgbFx8bb/w1920/divulgacao.jpg Organization Jornal Online Nossa Voz ImageObject https://www.jornalonlinenossavoz.com/2023/01/fanstasma-do-poprock-goianiense.html Fanstasma do (POP)ROCK Goianiense

Por Fred Le Blue Assis.


ART: Fred LE BLUE +55 (62) 98590-0918 


Há 20 anos havia uma ambição de que Goiânia se firmasse como a principal capital do rock underground ("Seattle brasileira"), fazendo contraponto ao sertanejo que nunca fez universidade. Até Bruno e Marone, as poucas duplas de sucesso, hoje consideradas clássicas, se radicavam ou orbitavam em torno do showbussiness de Rio e São Paulo sem produzir uma industria da música rural urbanizada.


O crescimento do agronegócio teve no urbanejo o principal veículo de autoafirmação do neoconsevadorismo das elites do interior do Estado, cujos filhos migraram pra cidade visando fazer universidade enquanto, matavam saudade na aula de sinuca ouvindo sertanejo, que, talvez, só por isso, "universitário". Comprando "espiões" prediais com milhos transgênicos, ironicamente contribuíram, juntamente, com o aumento migracional interestadual, para o crescimento da setor de imovéis verticais, inclusive  no setor Universitário, que está privando Goiânia ironicamente, justamente,  de paisagem horizontal tão característica do meio rural.


O primeiro sinal de retraimento da projeçao do rock da cidade, mais do que da MPB e regional, que são blindados pelas politícas culturais até a atual política de congelamento de verbas estaduais, foi a fantasmagorização do pop rock e rock comercial, que teve na Rádio Interativa um dos grande incentivadores. Em parte isso, se deve ao fato da cena underground não ter incluído esse estilo no seu portfólio em franca expansão na primeira década do século 21, o que a longo prazo, no entanto, foi enfraquecendo a própria cultura alternativa, que é mais próxima do rock rádiofônico do que do sertanejo ultrassônico. Em situação de fogo morto, apesar de ainda ter alguns guetos como algumas casas noturnas e Festivais musicais e, pelo menos, duas bandas celebradas nacionalmente e até internacionalmente, hoje o underground é que está na berlinda. A concorrência com outras pick-ups, não dos agroboys, mas do DJs e a música eletrônica, diminui os espaços e momentos do rock alternativo que costuma demandar mais parafernálias técnicas e humanas. 


Hoje somos vítimas da ditatura do sertanejo sofreeente em supermercados, academias e sinaleiros, um verdadeiro estupro auditivo de uma música grandiloquente, pouco edificante, feita sem poesias e pausas, quase sempre tocada com volumes no talo, apesar de serem produzidas por excelentes músicos, em geral, provindos dos demais gêneros  silenciados por não serem sustentáveis financeiramente, como até mesmo, o heavy metal (isso explicaria algumas vinhetas metaleiras em Zezé di Camargo?)


Apesar da resistência do rock mesmo que de forma subliminar, sabemos que a censura musical tem desdobramentos na política e nas políticas públicas sanitárias, ambientais, sociais, humanas, urbanas e culturais, haja vista que a crônica sertaneja e sua crítica de costumes pra uns, amarração pra amor (mal feita) pra outros, raramente aborda a questão do machismo, sustentabilidade e democracia, p. ex.. Ou seja, salvo raras exceções, não contribui para paz social e nem mesmo psicológica, além de prestar um desserviço à saúde pública, por sua recorrente apologia ao consumo excessivo de álcool como estilo de vida socialmente desejável e aceitável, como fizera a indústria do cinema americano com o cigarro que se transformou em fetiche sexual. Apesar do rock não ser santo, não me lembro de nenhuma banda com exceção do Planet Hemp, ou gêneros jamaicanos, que tivesse uma associação tão intermitente com usos de substâncias químicas, como o sertanejo da atual safra, que tem Goiânia como entreposto cultural e econômico.


Uma música com tais premissas (anti)éticas não pode gerar se não mais carência e mais sede por cerveja. Enquanto isso, distribuidoras de cigarros e bebidas, que surgem como pragas oportunistas, onde Yoga do chopp promete curar dor do cotovelo. Na verdade, só causa água no joelho e nas mentes bestializadas por um tipo de regionalismo surdo, porém ensurdecedor, que está capturando todos com sua carência monstruosa.


Texto e Fotos: Fred LE BLUE - Contato: +55 (62) 98590-0918 


true 2023 pt-BR WebPage https://www.jornalonlinenossavoz.com/#website https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjaKxxCWvsg-52Xb8Zty9upuWqWrqimwuVBfk7-ZIMAToCs7SVhZFVSiSKHmL3uYvHzLcVI9i7A70f9TWT4vV54zGbChJIb9zQfcRxPBCSaRtzLR1LNOck6eWT-LZ1AvAQjSFnkfe54Qy--FzX16jGlNjjm6JpOB5zAuUPHrYVzEaoELw9FwgbFx8bb/w1920/divulgacao.jpg Notícias Goiás Últimas notícias Notícias Goiás Uncategorized

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Há 20 anos havia uma ambição de que Goiânia se firmasse como a principal capital do rock underground ("Seattle brasileira"), fazendo contraponto ao sertanejo que nunca fez universidade. Até Bruno e Marone, as poucas duplas de sucesso, hoje consideradas clássicas, se radicavam ou orbitavam em torno do showbussiness de Rio e São Paulo sem produzir uma industria da música rural urbanizada.


O crescimento do agronegócio teve no urbanejo o principal veículo de autoafirmação do neoconsevadorismo das elites do interior do Estado, cujos filhos migraram pra cidade visando fazer universidade enquanto, matavam saudade na aula de sinuca ouvindo sertanejo, que, talvez, só por isso, "universitário". Comprando "espiões" prediais com milhos transgênicos, ironicamente contribuíram, juntamente, com o aumento migracional interestadual, para o crescimento da setor de imovéis verticais, inclusive  no setor Universitário, que está privando Goiânia ironicamente, justamente,  de paisagem horizontal tão característica do meio rural.


O primeiro sinal de retraimento da projeçao do rock da cidade, mais do que da MPB e regional, que são blindados pelas politícas culturais até a atual política de congelamento de verbas estaduais, foi a fantasmagorização do pop rock e rock comercial, que teve na Rádio Interativa um dos grande incentivadores. Em parte isso, se deve ao fato da cena underground não ter incluído esse estilo no seu portfólio em franca expansão na primeira década do século 21, o que a longo prazo, no entanto, foi enfraquecendo a própria cultura alternativa, que é mais próxima do rock rádiofônico do que do sertanejo ultrassônico. Em situação de fogo morto, apesar de ainda ter alguns guetos como algumas casas noturnas e Festivais musicais e, pelo menos, duas bandas celebradas nacionalmente e até internacionalmente, hoje o underground é que está na berlinda. A concorrência com outras pick-ups, não dos agroboys, mas do DJs e a música eletrônica, diminui os espaços e momentos do rock alternativo que costuma demandar mais parafernálias técnicas e humanas. 


Hoje somos vítimas da ditatura do sertanejo sofreeente em supermercados, academias e sinaleiros, um verdadeiro estupro auditivo de uma música grandiloquente, pouco edificante, feita sem poesias e pausas, quase sempre tocada com volumes no talo, apesar de serem produzidas por excelentes músicos, em geral, provindos dos demais gêneros  silenciados por não serem sustentáveis financeiramente, como até mesmo, o heavy metal (isso explicaria algumas vinhetas metaleiras em Zezé di Camargo?)


Apesar da resistência do rock mesmo que de forma subliminar, sabemos que a censura musical tem desdobramentos na política e nas políticas públicas sanitárias, ambientais, sociais, humanas, urbanas e culturais, haja vista que a crônica sertaneja e sua crítica de costumes pra uns, amarração pra amor (mal feita) pra outros, raramente aborda a questão do machismo, sustentabilidade e democracia, p. ex.. Ou seja, salvo raras exceções, não contribui para paz social e nem mesmo psicológica, além de prestar um desserviço à saúde pública, por sua recorrente apologia ao consumo excessivo de álcool como estilo de vida socialmente desejável e aceitável, como fizera a indústria do cinema americano com o cigarro que se transformou em fetiche sexual. Apesar do rock não ser santo, não me lembro de nenhuma banda com exceção do Planet Hemp, ou gêneros jamaicanos, que tivesse uma associação tão intermitente com usos de substâncias químicas, como o sertanejo da atual safra, que tem Goiânia como entreposto cultural e econômico.


Uma música com tais premissas (anti)éticas não pode gerar se não mais carência e mais sede por cerveja. Enquanto isso, distribuidoras de cigarros e bebidas, que surgem como pragas oportunistas, onde Yoga do chopp promete curar dor do cotovelo. Na verdade, só causa água no joelho e nas mentes bestializadas por um tipo de regionalismo surdo, porém ensurdecedor, que está capturando todos com sua carência monstruosa.


Texto e Fotos: Fred LE BLUE - Contato: +55 (62) 98590-0918 


 

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segunda-feira, 16 janeiro 2023, 10:35:00
 

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