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Do lixão para a vila olímpica, jovem alimenta sonho de medalha nos Jogos de Paris
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Jornal Online Nossa Voz
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Do lixão para a vila olímpica, jovem alimenta sonho de medalha nos Jogos de Paris
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2021-05-30T15:33:00-03:00
2023-11-06T17:51:04-03:00
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Jornal Online Nossa Voz
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Atleta vai disputar em junho o Pan-Americano Júnior, no México - Fábio Motta/Divulgação
Gabriel Teles viu sua vida se transformar junto com o lixão do Caju, que deu lugar à Vila Olímpica Mané Garrincha, em 2012. Filho de um catador de lixo e de uma dona de casa, o menino sempre brincou no antigo aterro sanitário da Zona Norte, em meio a tantos detritos, objetos cortantes e animais famintos e transmissores de doenças. Aos 10 anos, veria nascer naquele espaço insalubre um centro esportivo municipal. Diante da oportunidade oferecida pertinho de sua residência, começava ali a sua trajetória no esporte ao se matricular para praticar luta olímpica.
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Hoje, Gabriel treina com a seleção brasileira, vai disputar a partir de 9 de junho o Pan-Americano Júnior no México, coleciona conquistas e alimenta um sonho: subir no pódio em uma Olimpíada. Aos 19 anos, assistirá aos Jogos de Tóquio deste ano pela televisão. Nos de 2024, em Paris, planeja estar como competidor.
– Meu maior sonho é conquistar uma medalha olímpica, estou trabalhando duro pra chegar – disse Gabriel Teles, usando seu exemplo de superação e resiliência para pedir um olhar especial para os que mais precisam. – Quanto mais o poder público olhar para as comunidades, mais atletas surgirão, mais crianças sairão das drogas e mais professores serão formados.
Gabriel Teles aplicando um golpe certeiro – Fábio Motta/Prefeitura
Em meio à sua trajetória, perdeu amigos para a violência e levou o maior tombo de sua vida. Em viagem para Contagem (MG), soube que sua mãe estava desaparecida. Poucos dias depois, ela foi encontrada morta com sinais de estupro. Gabriel pensou em largar tudo. Só não o fez por causa do apoio irrestrito do técnico Fabrício Xavier, a quem chama de pai.
– Hoje sou um atleta de alto rendimento pelo fato de não querer ser mais um nas estatísticas, como muitos foram, tenho exemplo dentro da minha comunidade, amigos meus começaram e pararam – afirmou, para em seguida completar: – Blindo a minha mente a cada dia que passa. Essa parte é bem difícil, já perdi minha mãe, amigos, mas se você não tiver um propósito e se deixar abalar pelas coisas do mundo, nunca conseguirá chegar onde Deus quer que você chegue.
A dor da vida, segundo ele, o fez amadurecer. – Quero mostrar o que é persistência e também agradecer a equipe por trás de mim, meus companheiros de treino e, em especial, meu mestre, que sempre está me ajudando a trilhar o caminho do bem.
Técnico Fabrício Xavier orienta Gabriel durante treinamento – Fábio Motta/Prefeitura
O técnico Fabrício Xavier aposta num futuro de sucesso para Gabriel Teles. – É um competidor de muito potencial, novo e que tem muitos ciclos olímpicos pela frente. Tenho mais de cem alunos, mas ele é especial, tem uma história muito sofrida. A vida do atleta amador em nosso país é muito difícil, sobretudo para os oriundos de comunidades carentes. É uma verdadeira guerra.
Leia nesta segunda-feira (31/05) entrevista com a atleta de canoagem Ana Sátila Vargas, uma das esperanças de pódio do Brasil na Olimpíada do Japão.
Veja mais imagens do fotógrafo Fábio Motta:
* Prefeitura do Rio de Janeiro - RJ
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2021
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Do lixão para a vila olímpica, jovem alimenta sonho de medalha nos Jogos de Paris
Atleta vai disputar em junho o Pan-Americano Júnior, no México - Fábio Motta/Divulgação
Gabriel Teles viu sua vida se transformar junto com o lixão do Caju, que deu lugar à Vila Olímpica Mané Garrincha, em 2012. Filho de um catador de lixo e de uma dona de casa, o menino sempre brincou no antigo aterro sanitário da Zona Norte, em meio a tantos detritos, objetos cortantes e animais famintos e transmissores de doenças. Aos 10 anos, veria nascer naquele espaço insalubre um centro esportivo municipal. Diante da oportunidade oferecida pertinho de sua residência, começava ali a sua trajetória no esporte ao se matricular para praticar luta olímpica.
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Hoje, Gabriel treina com a seleção brasileira, vai disputar a partir de 9 de junho o Pan-Americano Júnior no México, coleciona conquistas e alimenta um sonho: subir no pódio em uma Olimpíada. Aos 19 anos, assistirá aos Jogos de Tóquio deste ano pela televisão. Nos de 2024, em Paris, planeja estar como competidor.
– Meu maior sonho é conquistar uma medalha olímpica, estou trabalhando duro pra chegar – disse Gabriel Teles, usando seu exemplo de superação e resiliência para pedir um olhar especial para os que mais precisam. – Quanto mais o poder público olhar para as comunidades, mais atletas surgirão, mais crianças sairão das drogas e mais professores serão formados.
Gabriel Teles aplicando um golpe certeiro – Fábio Motta/Prefeitura
Em meio à sua trajetória, perdeu amigos para a violência e levou o maior tombo de sua vida. Em viagem para Contagem (MG), soube que sua mãe estava desaparecida. Poucos dias depois, ela foi encontrada morta com sinais de estupro. Gabriel pensou em largar tudo. Só não o fez por causa do apoio irrestrito do técnico Fabrício Xavier, a quem chama de pai.
– Hoje sou um atleta de alto rendimento pelo fato de não querer ser mais um nas estatísticas, como muitos foram, tenho exemplo dentro da minha comunidade, amigos meus começaram e pararam – afirmou, para em seguida completar: – Blindo a minha mente a cada dia que passa. Essa parte é bem difícil, já perdi minha mãe, amigos, mas se você não tiver um propósito e se deixar abalar pelas coisas do mundo, nunca conseguirá chegar onde Deus quer que você chegue.
A dor da vida, segundo ele, o fez amadurecer. – Quero mostrar o que é persistência e também agradecer a equipe por trás de mim, meus companheiros de treino e, em especial, meu mestre, que sempre está me ajudando a trilhar o caminho do bem.
Técnico Fabrício Xavier orienta Gabriel durante treinamento – Fábio Motta/Prefeitura
O técnico Fabrício Xavier aposta num futuro de sucesso para Gabriel Teles. – É um competidor de muito potencial, novo e que tem muitos ciclos olímpicos pela frente. Tenho mais de cem alunos, mas ele é especial, tem uma história muito sofrida. A vida do atleta amador em nosso país é muito difícil, sobretudo para os oriundos de comunidades carentes. É uma verdadeira guerra.
Leia nesta segunda-feira (31/05) entrevista com a atleta de canoagem Ana Sátila Vargas, uma das esperanças de pódio do Brasil na Olimpíada do Japão.
Veja mais imagens do fotógrafo Fábio Motta:
* Prefeitura do Rio de Janeiro - RJ
Postado por: Jornal Online Nossa Voz
domingo, 30 maio 2021, 06:33:00
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