Prefeito Ricardo Nunes falou sobre o assunto durante coletiva neste sábado (22/05)
O prefeito, Ricardo Nunes, falou na manhã deste sábado (22/05) que a Prefeitura de São Paulo, por meio da Secretaria Municipal da Saúde, participou de uma reunião com o Ministério da Saúde para definir sobre as questões das barreiras sanitárias nos aeroportos da capital, por conta da variante indiana. A declaração foi realizada durante a entrega de 170 vagas para idosos em situação de rua no Hotel América do Sul, no bairro da Santa Ifigênia, região central.
“A gente sabe que lá na Índia apresentou uma grande transmissibilidade e temos uma preocupação. Não existe nenhum risco na cidade de São Paulo com relação a isso, no momento, mas a Prefeitura de São Paulo sempre vai trabalhar de forma preventiva. Não vai esperar acontecer para depois tomar as ações”.
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O prefeito destacou que a cidade está preparada e que tem 250 leitos de UTI nos Hospitais- Dia, caso seja necessário, porém observou que, por enquanto, não existe nenhuma variante indiana no município. “Não vai esperar acontecer para depois tomar as ações”.
Nunes detalhou que a reunião do secretário municipal de Saúde, Edson Aparecido, com o ministro da Saúde é para discutir quais medidas serão tomadas.
Ele falou ainda que a Prefeitura de São Paulo, junto com o Instituto Butantan está fazendo uma análise das pessoas que fizeram os testes de covid para identificar se existe alguma variante da Índia.
“Teremos o resultado dentro de 15 dias. É um acompanhamento da Prefeitura, uma forma preventiva, com responsabilidade, para não sermos pegos de surpresa. Não vamos esperar acontecer para agir. Vamos nos preparar, caso aconteça uma terceira onda, estaremos preparados”.
Reunião on-line
A reunião entre a Prefeitura de São Paulo e o Ministério da Saúde foi realizada de forma on-line. E foi para apresentar o plano de ações para prevenção de controle da entrada de novas variantes do SARS-CoV-2 no município de São Paulo.
Participaram do encontro o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, o secretário municipal de Saúde de São Paulo, Edson Aparecido, o secretário-adjunto da pasta, Luiz Carlos Zamarco, a equipe técnica da Coordenadoria de Vigilância em Saúde da capital, o secretário executivo da Secretaria de Estado da Saúde, Eduardo Ribeiro Adriano, representantes da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), além do prefeito do município de Guarulhos, Gustavo Henric Costa.
A estratégia da capital é atuar no trânsito de pessoas provenientes do Maranhão, nos aeroportos, rodoviárias e rodovias, em conjunto com o Ministério da Saúde e com a Anvisa, para evitar a circulação da nova variante indiana da Covid-19 na capital.
A apresentação realizada pela Secretaria mostrou a proposta de uma parceria com a Polícia Rodoviária Federal para triagem por parte das equipes de saúde na busca de sintomáticos, com medida de temperatura, no Terminal Rodoviário do Tietê e nas rodovias federais Fernão Dias e Presidente Dutra.
Passageiros sintomáticos
Os passageiros sintomáticos, em todos os terminais serão detectados e levados para unidades de urgência da região, onde será feita a testagem com RT-PCR. Em caso positivo do exame, os mesmos serão isolados por dez dias, a partir do início dos sintomas.
Caso a pessoa seja comunicante da infectada, também será isolada e monitorada por 14 dias a partir do último contato.
Os assintomáticos serão orientados e receberão um check-list para detecção dos sintomas e formas de prevenção.
Nos aeroportos haverá emissão de alertas sonoros e visuais sobre sintomas, forma de prevenção e contenção da doença. Nas rodovias serão realizadas ações educativas.
Até o momento, não há qualquer evidência da circulação das cepas indianas no município de São Paulo. Por aqui, foram identificadas apenas duas variantes: P1 - Manaus e B.1.1.7 - Reino Unido.
As medidas são essenciais no controle da população que chega à cidade, principalmente para evitar a entrada de novas cepas e aumentar o risco de um novo aumento de casos na Capital.
Segundo o secretário Edson Aparecido, o ministro Marcelo adiantou que as sugestões de São Paulo serão estudadas para serem disseminadas no âmbito nacional, por meio de um trabalho conjunto e articulado entre a Anvisa e as vigilâncias locais para o enfrentamento da pandemia no país, em especial com a circulação da variante indiana.
O secretário afirmou que o ministro disponibilizou mais testes para a cidade de São Paulo.
Para Queiroga, a iniciativa da reunião foi extremamente importante para alinhar o trabalho articulado entre as esferas e as autoridades sanitárias locais.
Outras ações em andamento na capital
Na segunda quinzena do mês de abril, em parceria com o Governo do Estado, a capital iniciou o encaminhamento de parte das amostras de exames PCR-RT positivos ao Instituto Butantan para análise genômica em busca de identificar as cepas circulantes neste momento no município de São Paulo.
A capital segue fazendo a vigilância laboratorial do vírus e, além dessa ação de monitoramento, a SMS também fechou acordo de estudo de variantes como Instituto de Medicina Tropical de São Paulo, que também iniciará a vigilância nos próximos dias com o objetivo de identificar quais cepas circulam pela cidade.
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